segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cap X pt. 1

Após a saida, ou se preferir, a fuga magistral do Barão de Gorgonzola, Naced ficara sem jeito e sem desculpas para dar um perdido em Iaba, e, antes de dissesse alguma coisa, Iaba já se prontificou a consertar o mal entendido dizendo:
- Desculpe-me, Conde, acredito que falei tão rápido que vosso amigo interpretou de forma errônea, mas se me permitir, retificarei este erro.
Logo ao ouvir essas palavras, Carcot se aliviara e, mais tranquilo agora, diz ao mago:
- Mas é óbvio que quero que vós se expliques melhor, pode começar a falar.
E o mago com olhar de desaprovação, sacode a cabeça em sentido negativo, ajeita o chapéu pontudo, dá uma leve esticada na longa barba branca e começa a falar:
- Bom, em primeiro lugar, senhor conde, meu nome não é Iago, e sim Iaba. Em segundo lugar, não sou um mágico, mas sim um mago, pois faço parte do pacto dos antigos sacerdotes persas, e fui honrado com o titulo honorifico de Sir por nosso valoroso rei Cornélius de Paul Molly, será que agora estou me explicando bem?
Naced estava atento a todas as palavras do velho mago e lhe pede que prossiga... E Iaba prontamente prossegue em sua narrativa:
- Muito bem, em terceiro lugar, se me permite a rudeza, bichona velha é a puta que pariu o vosso amigo. Em quarto lugar, eu, como mago, posso sim prever o futuro. Aaah, e antes que me esqueça, se quiseres arranjar um jeitinho de sair fora de nossa conversa, esteja a vontade, mas ficar a pensar que sou um velhote "trelelé"... Hãn, isso eu não admito!
Ao ouvir aquilo, nosso herói arregalou os olhos de tanto espanto, e antes que pudesse perguntar algo, o mago já lhe foi respondendo:
- É isso mesmo, meu caro conde, eu, sir Mago Iaba Byshadha, também leio pensamentos e sei muito bem o que rolou entre vós e uma certa mileide da corte real em vossa terra há um certo periodo de tempo atrás.
Dito tudo isso, Naced ficara pasmo e paralisado, nunca conhecera ninguém com tais poderes, até mesmo o caso amoroso que tivera com uma certa mulher da realeza ele sabia. Mas como? Nunca falara sobre isso com ninguém, e ela com certeza também não falaria. Nesse instante, Iaba põe a mao sobre seu ombro e diz:
- Bom, bom, bom, agora que nos entendemos, vamos até a varanda, pois sinto que necessitas de um pouco de ar puro para arejar os pensamentos. E não te preocupes, não tenho o menor interesse em lhe chantagear.
Incrível! Até aquilo aquele mágico filho da puta conseguiu ler de sua cabeça.
- Já falei, não sou mágico, e filho da puta é vossa excelência!
Melhor Carcot não pensar mais nada, quando chegar no terraço, ele faz as indagações necessárias ao sir Iaba.
Ao chegarem ao enorme terraço do palácio real, Naced debruçou-se sobre a amureta, ainda chocado com tudo aquilo que ouvira do mago, respira fundo, como se pegasse um pouco de coragem, e pergunta ao mago Iaba:
- Tudo bem, mago, já sei que sabes do meu passado, que lê pensamentos, vê as horas numa ampulheta e não quer me chantagear, então te pergunto, que diabos queres comigo, afinal?
Iaba, percebendo a preocupação de Naced, fala a ele com voz suavizada para acalmá-lo. Mas, sabia ele que o que tinha para lhe revelar era aterrorizante.

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